GTs 2017

De 07 a 20/11 receberemos os resumos para as apresentações nos GTs através de formulário de inscrição a ser divulgado.

GT1: Territórios Rurais na Contemporaneidade

Proponentes: Barbara El Khalil, Jessica Cardoso e Alexsandro Arbarotti.

Ementa: A proposta do presente Grupo de Trabalho é discutir as intensas transformações pelo qual passam os territórios rurais no Brasil na atualidade. Um processo que envolve múltiplos atores que compreende desde o poder público, passando pelo empresariado do agronegócio e chegando até as comunidades rurais tradicionais. O envolvimento destes múltiplos atores neste processo acaba por provocar tensões e conflitos, sociais e ambientais, uma vez que distintos interesses são direcionados para o mesmo território. Entretanto, por outro lado, essa dinâmica traz, também, elementos de uma nova revigoração e ordenamento destas territorialidades com formas alternativas de produção de alimentos não alinhadas ao grande capital. Nestes termos, neste GT esperamos discutir pesquisas que tenham como eixo temático os atuais conflitos sociais no campo e a atuação dos movimentos sociais; geração, identidade e reprodução social; os desafios da agricultura familiar; as iniciativas de produção alternativas ao agronegócio (produções orgânicas e permacultura por ex.); e as transformações das políticas públicas destinadas a agricultura familiar.

GT2: Periferias e a Crise

Coordenadora: Deborah Fromm (Doutoranda PPGAS – Unicamp/ Pesquisadora CEM) e Janaína Maldonado (Graduanda em Ciências Sociais UFSCar/ Pesquisadora CEM)
Debatedora: Luana Motta (Doutoranda PPGS/ UFSCar).

Ementa: Nas últimas décadas, as periferias urbanas têm passado por uma série de deslocamentos que dizem respeito a transformações nas esferas da família, do trabalho, da religião e do crime. Há, neste contexto, a emergência de novas matrizes discursivas, sobretudo, com a expansão do mundo do crime, o crescimento das igrejas evangélicas e as novas produções culturais. Tendo isso em vista, o presente Grupo de Trabalho propõe uma discussão que situe essas territorialidades e suas populações na conjuntura atual de crise política e econômica. Para além dos aspectos políticos-institucionais, a noção de crise será apreendida de maneira mais ampla, como produtora de espaços de conflito de representações, de formulação de novas demandas e de novas formas de resistência. Sobre esta base, o GT convida pesquisas concluídas e em andamento que reflitam sobre tais mudanças e sobre a produção de ferramentas analíticas que contribuam para a compreensão desses processos. Mais especificamente, nos interessa discutir temas que perpassam: os impactos da crise nas periferias; os processos de criminalização dessas populações e os deslocamentos do conflito nas “margens da cidade”; o fortalecimento do discurso empreendedor, assim como a disseminação da Teologia da Prosperidade nessas territorialidades; a busca por novas identificações e identidades raciais e de gênero; e a emergência de novos movimentos e manifestações culturais.

GT3: Práticas de conhecimento e política em uma antropologia multiespecífica

Proponentes: Ana Cecília Campos e Túlio Maia.

Ementa: Esta proposta surge dos esforços de reunir discussões em antropologia da técnica e etnografias multiespecíficas. Considera um contexto em que efeitos de expertises, como a produção e extinção de mundos, fazem questionar paradigmas das diversas ciências. Entra em cena, assim, uma antropologia que se propões a questionar uma abordagem historicamente antropocêntrica. Em seu lugar, privilegiam-se engajamentos multiespecíficos, entendendo espécies como seres humanos, animais, vegetais, microrganismos, microscópios, computadores, documentos, dentre tantos outros sujeitos etnográficos. Nesse sentido, interessa-nos reunir trabalhos que permitam dialogar sobre encontros multiespecíficos entre práticas de conhecimentos e seus efeitos políticos.

GT4: Violência e Democracia

Proponentes : GEVAC (Grupo de Pesquisa sobre Violência e Administração de Conflitos).

Ementa: Este GT tem como proposta refletir sobre os temas do GEVAC (Grupo de Estudos sobre Violência e Administração de Conflitos) da UFSCar. Os trabalhos a serem enviados devem estar de acordo com a perspectiva de uma sociologia política dos conflitos e de suas formas de administração, em três linhas de pesquisa: Políticas de segurança, justiça e penais; Administração institucional de conflitos; Conflitos, manifestações de violência e transformações sociais; Segurança pública e relações raciais.

Temática prioritárias:
• Formas estatais e controle e gestão da violência
• A compreensão dos fenômenos no contexto global de transformações sociais.
• As formas estatais de controle e gestão da violência.
• Políticas públicas de segurança e justiça
• Prisões e políticas penais
• Formas de administração de conflitos institucionalizadas ou informais
• A institucionalização estatal do controle da violência, a judicialização de conflitos e as formas de administração desses conflitos.

GT5: Pesquisa Social, Cultura e Mídias Digitais

Proponentes: Rodrigo Melhado (coordenador) Felipe Padilha (debatedor).

Ementa: O objetivo central do GT é constituir e proporcionar um espaço amplo e plural para discussões entre pesquisadores de diferentes áreas, que têm objetos de pesquisa envolvidos com as tecnologias digitais e a cultura. São particularmente bem-vindas estudos de caráter interdisciplinar, que investiguem problemas sociológicos, antropológicos, políticos, históricos envolvendo a presença das tecnologias digitais na vida contemporânea, a relação entre tecnologias e corporalidades, Internet e socialidade, educação e tecnologias da informação e da comunicação, bem como novas perspectivas teóricometodológicas sobre a pesquisa com tecnologias e/ou sobre emprego de tecnologias digitais como forma obtenção, registro e análise de dados.

GT6: As novas mídias como instrumento de crítica e resistência

Proponentes: Grupo de Pesquisa em Gênero e Ciberpolítica.

Ementa: Assiste-se, no mundo todo, uma crise do sistema representativo. Se por um lado, as pessoas acreditam que a democracia seja o melhor regime político, por outro, elas não confiam nas instituições das quais a democracia não pode prescindir. Este cenário abre espaço para que novos atores se insiram na arena política; em particular, a mídia, e mais recentemente as novas mídias digitais, aparecem como atores políticos e desenvolvem um papel de destaque nas democracias contemporâneas. As mídias digitais têm influenciado a formação da opinião pública e o comportamento político dos cidadãos. Elas tornaram-se não apenas fontes de informações políticas, como também instrumentos de organização, participação e mobilização popular. Todavia, é importante observarmos que, as redes sociais na Internet, como instrumento de mobilização da opinião pública, podem contribuir para a melhoria da qualidade da democracia participativa, como também serem usadas em contextos sociais anti-democráticos. Nesse sentido, este GT tem como objetivo reunir pesquisadores que tenham interesse em discutir como as novas mídias podem ser usados como instrumentos de crítica e resistência em um momento de crise da democracia representativa.