Posterior a redemocratização 1985, a questão da representativa dos direitos humanos no brasil ganha força formando uma série de debates associados a fomentação da expectativa por direitos sociais. Anterior a esse processo, o contraste social encontrado em nosso país cria a necessidade de busca de acesso aos bens mínimos necessários a uma vida digna gerando a agenda de lutas sociais contemporâneas nacionais. Essa desigualdade permanece presente no século XXI, mantendo uma esfera dos direitos humanos sem mudanças profundas justificado pela baixa veemência do princípios democráticos na realidade do campo social nacional. Souza Santos, destaca nossa democracia como sendo ainda tímida, descontínua, e de baixa intensidade. A eficiência da instauração de uma cultura democrática passa pela perseguição dos ideais de cidadania e seu posterior reconhecimento social. Neste momento de efervescência político-social as análises sobre o sentido das marchas de maio e junho criam a necessária crítica ao tema da transição. Essa transição tem indicado que a cultura dos deslocamentos e da conciliação pelo alto novamente está presente, mas, ao mesmo tempo, tem ampliado em diferentes setores e grupos sociais expectativas de direitos como é o caso das mulheres que nos últimos anos protagonizaram demandas por creches, empregos, liberdades, saúde, lideranças e chefias, divórcio, aborto, gerenciamento das famílias, entre outros. A fragilidade de implantação dos fundamentos democráticos caminha no sentindo inverso do incitamento desses movimentos. Abre-se assim o debate sobre o cenário atual envolvendo a cultura democrática a consolidação dos direitos sociais no reconhecimento da cidadania.

A mesa será coordenada pelo Prof. Dr. Thales de Andrade e composta pela Profª Drª Vera Cepeda, pelo Prof. Dr. Rodrigo Toledo e pela Ma. Camila Sales.